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quinta-feira, 13 de março de 2014

PERFIL DO GESTOR FINANCEIRO ATUAL

Após algumas pesquisas, constatei alguns pontos importantes a respeito do perfil do novo gestor financeiro. O foco da área financeira nas organizações passou a ser nas seguintes áreas:

- Controladoria: Setor responsável pela geração de informações gerenciais. O Controller passou a ser um profissional muito importante para as empresas, pois é com base nas informações consolidadas desse profissional que a alta administração irá tomar as decisões.

- Planejamento: Com a concorrência acirrada nos mercados esse setor é responsável por traçar estratégias de diferenciação e melhoria do desempenho empresarial.



- Controle de Custos: Após a crise de 2008 e maior cautela dos bancos, o dinheiro se tornou algo muito caro e difícil de se conseguir. Portanto gerenciar os custos para melhorar os resultados se tornou imprescindível.

Além das características e conhecimentos tradicionais, o profissional financeiro da atualidade deve agregar novos conhecimentos e desenvolver novas competências pessoais para que possa agregar valor à empresa.


As características pessoais mais importantes deste profissional e que são inerentes à todos os outros cargos na empresa, pois fazem parte do caráter do ser humano são:

- Transparência: Fundamental, pois sem transparência e clareza de atuação a gestão financeira torna-se impraticável e prejudicial à empresa. (Vide casos da Enron e Wolrd.com)

- Ética: Segue os procedimentos, é justo e correto com os demais .

- Disciplina: uma vez traçado o caminho a ser seguido, estabelece a rotina e os meios claros e práticos para atingir os objetivos determinados.

- Comprometimento efetivo: Característica de liderança pelo exemplo, compromete-se com sua equipe.

NOVAS COMPETÊNCIAS:
- Orientado para Resultados: Essa é uma das competências mais apreciadas pelas empresas, o profissional que é orientado para resultados gosta de encarar desafios e se orienta para atingir os resultados, não aceita a derrota e supera todas as adversidades que possam surgir..

- Assertividade: Traçar metas e objetivos e cumprí-los é essencial, uma vez que a área financeira é o coração da empresa e se houver perdas não há uma segunda chance. O trabalho tem que ser bem feito na primeira vez.
- Gerenciamento do tempo: Saber administrar o próprio tempo e o da equipe para que não haja estresse no momento do fechamento mensal é muito importante.
- Disponibilidade: Foi-se o tempo que o gestor financeiro se trancava dentro de uma sala e não ficava acessível à seus liderados, esse profissional deve estar disponível sempre que sua equipe necessitar, pois dessa maneira a a motivação será maior.

- Formador de times e equipes (coaching): O gestor não é a estrela do time, o trabalho em equipe é muito mais importante e os resultados são alcançados mais facilmente, deve criar uma sinergia e esquecer o ego.
- Inspirador / Motivador: Sem dúvida uma competência essencial. Deve promover a competição saudável na busca pelos resultados e não deixar a equipe desanimar.
- Pró Ativo: Ao identificar problemas, o gestor deve reunir a equipe, analisar, promover o debate e ideias para que a situação seja resolvida e não haja mais problemas da mesma natureza.

- Inteligência Emocional: Tem autocontrole e sabe lidar com as emoções da equipe.

- Inteligência Interpessoal: Se relaciona bem com todos e cria parcerias efetivas de sucesso. Não há mais espaço para o gestor financeiro que se preocupa com a sua área e não conhece os outros setores da empresa.

CARACTERÍSTICAS PROFISSIONAIS

- Conhecimentos Técnicos: Tem domínio das disciplinas inerentes a finanças (Contabilidade, Controladoria, Consolidação, Reporting / Relatórios, Tesouraria, Auditoria, Matemática, Legislação Específica, Tributos, Processos Internos.

- Conhecimentos de Informática: O profissional de finanças da calculadora já não tem mais espaço no mercado atual, saber utilizar as ferramentas de informática é requisito básico. Além de saber manipular planilhas de Excel e gerar relatórios, deve possuir conhecimento em TI (BSC, KPI, BI, B2B, CRM, B2C, C2C, P2P) devido às suas possibilidades de melhoria do trabalho,

- Idiomas: Este é um requisito básico em um mundo globalizado, pois diariamente são feitas transações internacionais, crises e regras de um país afetam todo o mercado, portanto, conhecimentos de Inglês e Espanhol são fundamentais.
- CRM (Customer Relationship Management: Ferramenta muito importante para entender o que os clientes internos necessitam e saber o que está ocorrendo nas outras áreas.
- Políticas corporativas: Conhecer profundamente sua empresa no Brasil e suas práticas globais, isso demonstra engajamento e fornece uma visão sistêmica da companhia.

- Visão de negócios: Se familiarizar com o negócio da empresa, conhecer as minúcias e como elas se relacionam com a área financeira para poder entender e otimizar a dinâmica de geração de: receitas, custos, despesas, lucros, caixa.

- Ligado ao Mercado: Em que atua para trazer Benchmarks efetivos (trazer as melhores práticas do mercado para dentro da empresa), gerando resultados efetivos e eventualmente através de networking trazer novos negócios para a empresa.

RESUMO
Além de das competências pessoais e profissionais, o profissionai de finanças tem que ter vocação para seguir normas e procedimentos, trabalhar sob pressão, e trazer resultados para a empresa. Ser um bom gestor financeiro não é algo que se aprende na faculdade, aprende-se as disciplinas, mas o gosto e a vocação pela área é fundamental.

segunda-feira, 3 de março de 2014

O que fazer para se tornar um grande líder?

https://new.ted.com/talks/roselinde_torres_what_it_takes_to_be_a_great_leader

O vídeo disponível através do link acima mostra em poucos minutos de palestra o que as pessoas levam anos para aprender. A experiente palestrante Rosalinde Torres, que trabalhou por mais de 20 anos com líderes das empresas da Fortune 500 detona os modelos atuais de treinamento de futuros líderes. Técnicas como avaliação 360 graus, treinamentos corporativos e até mesmo o tão famoso coaching têm falhado em preparar líderes capazes de gerir empresas no século XXI. O líder do futuro deve ser confiante e pró-ativo. Vale a pena assistir. A palestra é em inglês, mas no canto superior direito do vídeo há a possibilidade de colocar legendas em inglês, para facilitar o entendimento.

sábado, 1 de março de 2014

A administração do futuro - Inovação é a chave do sucesso.

Recentemente, o renomado administrador Stephen Kanitz publicou um artigo intitulado "Se Karl Marx tivesse estudado administração", no qual afirma que para Marx, no futuro, as margens de lucro das empresas seriam cada vez maiores, os capitalistas seriam cada vez mais ricos e os trabalhadores cada vez mais pobres. Nesse artigo o autor faz duras críticas ao pensamento Marxista, mas polêmicas à parte, somente uma parte da previsão estava correta.
As organizações hoje possuem um poder político, econômico e financeiro gigantesco. Têm a capacidade de enriquecer ou destruir países e ditam as tendências de consumo. Há mais bilionários hoje do que em qualquer outro período da história, porém, os consumidores nunca foram tão influentes, nunca tiveram tanto poder de compra e a tendência é que no futuro se tornem ainda mais importantes. O que Marx não previu ao lançar sua teoria, foi que, o próprio capitalismo se encarregaria de esmagar os lucros exorbitantes das empresas, pois se antes um produto era vendido com uma margem de 50% sobre o custo, hoje se vêem obrigadas a se contentar com apenas 2%. O pulo do gato das organizações entretanto, foi utilizar a produção em massa, coisa que não existia na época de Marx, para ganhar não na margem, mas no montante, melhor ganhar pouco vendendo muito do que muito vendendo pouco, cortando custos de todas as formas, substituindo trabalhadores por máquinas e distribuindo globalmente.
A concorrência capitalista também teve um grande papel na destruição das margens exorbitantes. Cada vez mais empresas oferecem os mesmos produtos ou serviços a preços menores, a fim de conquistar mercado, gerando as vezes um verdadeiro canibalismo.
O ponto aqui, não é discutir teorias, sabendo-se que há muitos defensores das duas bandeiras, mas discutir como os administradores do futuro deverão gerir suas empresas nesse ambiente tão instável. Antes, as empresas eram administradas apenas com bases nos custos, calculava-se uma margem sobre os custos e vendia o produto ao mercado e pagava-se uma pequena parte dos lucros aos trabalhadores. Entretanto, com novas tecnologias, aperfeiçoamento das teorias de gestão e concorrência acirrada, as empresas se viram obrigadas a inovar em seus produtos e agregar valor antes que se matassem.
Hoje não mais se administra uma empresa com base em custos como queriam os capitalistas, tampouco com base na exploração da mão-de-obra como achava Marx, o sucesso da administração do futuro é a liberdade para criatividade e inovação, canal aberto com consumidores (que se tornaram admiradores) e valorização do capital intelectual, algo que muitos capitalistas e marxistas não previram e que os administradores tiveram que aprender à duras penas.
A batalha do mercado é feroz. Existem milhares de teorias de gestão, fórmulas financeiras e novas tecnologias. Porém, o que Darwin concluiu em A Origem das Espécies serve muito bem para as organizações do futuro. Sobrevive aquele que melhor se adapta. 
Talvez se Kanitz e Marx tivessem conhecido Darwin, se limitariam menos às suas teorias e entendessem melhor o funcionamento do mercado.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

LÍDERES, ONDE ESTÃO VOCÊS?


A administração do século XXI entrou em um período crítico da sua história. As empresas se tornaram sistemas muito mais complexos, as informações surgem aos milhares a cada minuto, a concorrência local e global se tornou muito mais acirrada e os consumidores têm cada vez mais poder. 

Nessa era tão complexa em que vivemos, muitas organizações ainda são administradas por líderes e teóricos do século passado, em que as relações de trabalho se davam na base do "manda quem pode e obedece quem tem juízo", as ordens surgiam de cima para baixo e os subordinados tinham pouco ou nenhum espaço para questionamentos, debates e criatividade. Sem entrar no mérito empresarial e limitando-se apenas às pessoas que às dirigem, tenho visto e ouvido muito à respeito das figuras de liderança atuais, são queixas relacionadas à autoritarismo, falta de abertura, estrelismo e outras bizarrices que não cabem mais na era da informação, em que se destacam empresas como Google, 3M, Procter & Gamble e Walt Disney, somente para citar alguns exemplos, em que o estímulo à criatividade e à inovação são suas principais metas e o capital humano é o ativo mais precioso. 

O que diferencia essas empresas líderes e invejadas das empresas comuns não são seus produtos ou seus serviços, já que há milhares de concorrentes oferecendo as mesmas coisas, mas sim sua cultura e suas lideranças. Dessa maneira, se compararmos os líderes destas empresas com as das empresas comuns, veremos uma diferença gritante na maneira de tratamento e na relação chefe/subordinado presentes no dia a dia. Há de se imaginar que para uma empresa ter sucesso, seu CEO deva ser carismático como muitos afirmam, porém, sem pesquisar, você sabe quem é o CEO da 3M? E que tal o CEO da Procter & Gamble? Provavelmente 90% das pessoas não sabem, não são populares mas possuem uma liderança extremamente eficiente em suas respectivas empresas. Para se ter sucesso nesse ambiente de negócios turbulento em que vivemos, os líderes devem agir como mentores de sua equipe, estimulando o debate de idéias, analisando e premiando as melhores cabeças e não engavetando os projetos de sua equipe por pura vaidade. 

As empresas se preocupam muito com a formação acadêmica, cursos e idiomas de seus funcionários, preparam-nos para serem máquinas de trabalho perfeitas, disponibilizam carros importados, notebooks, academias e diversos outros mimos para seus líderes, mas se preocupam pouco com sua formação como pessoa, um reflexo disso é a quantidade de engenheiros e profissionais técnicos assumindo cargos de diretoria e presidência em diversas empresas, não que esses profissionais não sejam qualificados, mas valoriza-se a formação técnica em detrimento da formação humanística, tudo em nome dos resultados trimestrais e do retorno aos acionistas. Isso é muito preocupante.

O líder do futuro, além possuir excelente formação acadêmica, de possuir visão holística e ser focado em resultados, deve principalmente possuir uma forte formação humanística, para entender e auxiliar suas equipes a atingir seus objetivos pessoais e depois os objetivos da empresa, pois o segundo não pode vir se o primeiro não for atingido. Dessa forma, os líderes não devem se limitar em suas fontes de estudo e assuntos ligados à antropologia, sociologia, psicologia e até mesmo filosofia são fundamentais para a compreensão do ser humano e consequentemente para o sucesso de qualquer negócio. 

As sociedades modernas precisam de referências, alguém em quem confiar e a quem admirar e mais do que nunca clamam por novos líderes na política e nos negócios, pois são eles os responsáveis pelo futuro da humanidade!!